quinta-feira, dezembro 15, 2016

Fragmentado (2016)

M. Night Shyamalan é um diretor, no mínimo, muito interessante, é do conhecimento de muitos que vez ou outra ele não entrega um trabalho que possa ser equiparado ao seu próprio nível, mas aqui em Fragmentado (2016) ele mostra que não perdeu suas habilidades. Com um roteiro coeso e um ritmo milimetricamente calculado, o filme traz uma pegada de terror sádico carrega de grandes atuações. James McAvoy e Ana-Joh estão fenomenais em seus papéis. Admito que nunca senti confiança nas atuações passadas no McAvoy, mas aqui ele se mostrou versátil e sutil nas nuances do protagonista Kevin Wendell Crumb e suas 23 personalidades. A ligação com Corpo Fechado foi um toque de mestre.
Sinopse:
Kevin possui 23 personalidades distintas e consegue alterná-las quimicamente em seu organismo apenas com a força do pensamento. Um dia, ele sequestra três adolescentes que encontra em um estacionamento. Vivendo em cativeiro, elas passam a conhecer as diferentes facetas de Kevin e precisam encontrar algum meio de escapar.

quinta-feira, março 10, 2016

Sábias palavras do grande Jon Foreman



“Para ser honesto, esta questão me entristece, porque sinto que ela representa um problema muito maior do que simplesmente algumas músicas do Switchfoot. Na verdadeira forma socrática, deixe-me lhe fazer algumas perguntas: Lewis ou Tolkien mencionam Cristo em qualquer de suas séries de ficção? As sonatas de Bach são cristãs? O que é mais semelhante a Cristo, alimentar os pobres, fabricar móveis, limpar banheiros ou pintar um pôr do sol? Há um cisma entre o sagrado e o secular em todas as nossas mentes modernas.
A visão de que um pastor é mais “cristão” do que um treinador de um time de voleibol feminino é falha e herética. A posição que um líder de adoração é mais espiritual do que um zelador é condescendente e falha. Essas vocações e propósitos diferentes demonstram ainda mais a soberania de Deus.
Muitas canções são dignas de serem escritas. Switchfoot escreverá algumas; Keith Green, Bach e talvez você mesmo tenha escrito outras. Algumas dessas canções são sobre redenção, outras sobre o nascer do sol, outras sobre nada em particular: escritas pela simples alegria da música.
Nenhuma dessas músicas nasceu de novo, e nesse sentido, não existe tal coisa como música cristã. Não. Cristo não veio morrer por minhas músicas, ele veio por mim. Sim. Minhas músicas são uma parte da minha vida. Mas, julgando pelas Escrituras, só posso concluir que o nosso Deus está muito mais interessado em como eu trato os pobres, os quebrantados e os famintos, do que com os pronomes pessoais que eu uso quando eu canto. Eu sou um crente. Muitas dessas músicas falam sobre essa crença. A obrigação de dizer isso ou fazer aquilo não soa como a gloriosa liberdade que Cristo morreu para me dar.
No entanto, eu tenho uma obrigação, uma dívida que não pode ser quitada por minhas decisões líricas. Minha vida será julgada por minha obediência, e não por minha capacidade de limitar as minhas letras nessa ou naquela caixa.
Todos temos vocações diferentes; Switchfoot está tentando obedecer ao que fomos chamados. Não estamos tentando ser Audio Adrenaline ou U2 ou POD ou Bach; estamos tentando ser Switchfoot. Uma canção que tem as palavras “Jesus Cristo” não é nem mais nem menos “cristã” do que uma instrumental (já ouvi muita gente dizer “Jesus Cristo” e não estavam falando sobre o seu redentor). Jesus não morreu por nenhuma de minhas músicas. Portanto, não há hierarquia de vida ou músicas ou ocupação, só há obediência. Temos um chamado para tomar a nossa cruz e seguir. Podemos ter certeza de que essas estradas serão diferentes para todos nós. Assim como você tem um corpo e cada parte tem uma função diferente, assim também, em Cristo nós, que somos muitos, formamos um só corpo e cada um de nós pertencemos uns aos outros. Por favor, seja lento em julgar “irmãos” que têm um chamado diferente.”